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Memoria Grapiuna

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História de Itabuna

José Petitico: aposentado de 100 anos
que se completam no dia 26 de julho, dois dias antes do aniversário de Itabuna. E o presente ele diz que já ganhou. “Estou vivo para ver Itabuna completar 100 anos também e foi o que pedi a Deus quando fiz 90 anos”. jose petitico
      “Seu José” nasceu em 1910 em Mundo Novo (Ba) e chegou a Itabuna no dia 1º de fevereiro de 1933. Bom de memória, sabe de cor os números do seu CPF, da identidade, do dia do casamento, os anos de empresa em que trabalhou e mais.
      “Estou aposentado há 30 anos, dois meses e três semanas”. E por ai vai. Cheio de hábitos, ele também não perde o horário. Para nada. Acorda sempre às 6 da manhã e dorme depois de algum noticiário da noite, desde que antes das 20 horas.
      O aposentado tem horário para tudo: beber água, café, almoçar e até para suas orações. Seu José costuma rezar, diariamente, para 25 almas, incluindo a dele. De todos que recebem sua oração, diz que apenas duas não chegou a conhecer: sua mãe, que morreu de parto quando ele nasceu, e sua madrinha.
      Casado por 52 anos com dona Maria Luiza Lima, está viúvo há 19 e quando fala dela se refere como “minha velhinha”. Não consegue esconder o carinho e a grande saudade.
      “Eu sempre fui muito fiel a ela ao longo dos anos”, afirma, para logo depois, com jeito meio matreiro, dizer que só “pulou a cerca” uma vez, quando sua velhinha foi passear numa fazenda. “Eu contei e ela não acreditou”.
      Centenário ativo
      A história de vida de seu José poderia terminar ai, afinal, fazer cem anos de idade já não é tão raro nos dias de hoje. O diferencial é que, mesmo morando com seu único filho, ele não abre mão de fazer sua comida, lavar roupa, capinar o quintal e fazer compras. Sozinho.
      E enxerga relativamente bem sem óculos. A única coisa que não faz, e isso porque não gosta, é varrer a casa. Esse serviço, que é muito chato, segundo ele, cabe a Gileardes Ramos, seu filho de 58 anos.
      Um dos detalhes curiosos na vida desse vascaíno de corpo e mente é seguir o filho quando ele sai, seja para visitar amigos ou passear. “Ele me segue e pensa que não vejo”, denuncia com bom humor o próprio Gileardes.
      Os dois costumam sair juntos quando vão ao médico. É mais para visita de rotina porque, como o filho costuma dizer, “ele tem uma saúde de bronze”. E pela aparência bem saudável, com senso de humor e um sorriso constante, tem mesmo jeito de saudável e feliz.
      Só reclama um pouco da surdez que, a exemplo da bonita cabeleira branca, parece que chegou para ficar. De resto ele toca sua vida, que foi sempre muito tranquila. “Eu era muito caseiro, amava mais do que tudo minha mulher”.
      Também nunca bebeu ou fumou. Mas não abria mão de um bom forró. “Até hoje gosto muito de apreciar fogueira e queima de fogos em época de São João”. Além do amor à saudosa velhinha, ele tem outra grande paixão, o Vasco da Gama.
      Sorri feliz quando comenta sobre o time. “Sou vascaíno desde quando me entendo por gente”. Quando fez 95 anos lhe fizeram uma surpresa, um bolo em forma de bandeira do Vasco. Ele faz questão de mostrar as fotos e dizer que o enganaram.
      “Eu sai de casa e quando retornei, tinha um bolo grande e muitos doces. A mesa estava muito bonita e eu gostei muito da festa feita por meus vizinhos”.
      O anjo de guarda
      Os vizinhos, na verdade são os bons anjos de guarda de “Seu José”. “Todos aqui são muito bons para mim. Eu gosto muito de cada um deles”. E gosta mesmo, porque carinho, atenção e lanches não faltam.
      Ele acabava de contar que uma de suas vizinhas lhe traz, todos os dias, no mesmo horário, mingau e biscoitos. Coincidentemente, quando ele falava o nome da vizinha, Marta Conceição chegava, trazendo biscoito e mingau.
      O sorriso no rosto de “seu José “ parecia dizer “eu não disse?” Ainda voltando à velha história do Vasco da Gama, ele mostrou um presente que guarda com carinho há cinco anos.
      É uma tolha de banho com detalhes do time preferido. O aposentado nunca a usou e diz tranquilamente que servirá como uma bandeira para ser colocada em cima do seu caixão. O filho sabe disso e diz não ousar desobedecer.
      Mas “Seu José” está bem vivo e feliz para comemorar seu centenário com um almoço neste domingo, ao ar livre, programado por seus vizinhos. Ele mora na rua José Bonifácio, no bairro da Conceição.


Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região.

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