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História de Itabuna Contagem regressiva para 200 anos de Ferradas que surgiu em 19 de outubro de 1817 com o nome de Freguesia de D. Pedro Alcântara. O local tem sua história ligada à catequese dos índios. A vila foi criada com base na lei 1.425 de 19 de agosto de 1874. É em Ferradas que começa a história de Itabuna. O frei Ludovico de Livorno, em 2 de março de 1816, chegou a Ilhéus e, com a alegação de catequizar os índios Mongaiós e Aimorés, dias depois se instalou na localidade que depois ganharia no nome de Ferradas. Um ano antes da chegada do ex-capelão do exército de Napoleão Bonaparte, o Conde dos Arcos, então governador da Bahia, ordenou que os índios fossem transferidos para outro local. Eles moravam do outro lado do Rio Amada e foram transferidos para Ferradas. Foi também a partir de Ferradas que se iniciou a abertura de uma estrada em busca da zona sertaneja de Vitória da Conquista. A localidade recebeu visitantes ilustres, como os cientistas holandeses Von Spix e Von Martius, e o príncipe alemão Maximiliano Alexandre Felipe. Mas Ferradas seria mais conhecida por ser o local em que nasceu o escritor Jorge Amado. Ele nasceu numa fazenda, mas morou na rua Frei Ludovico, casa número 213, que hoje está totalmente abandonada. Origem do nome Existem duas versões para a origem do nome do primeiro local habitado por brancos em Itabuna. Uma delas é de que sertanejos, vindos de Vitória da Conquista, que viajavam até Minas Gerais, entravam em Ferradas para descansar e trocar as ferraduras dos animais. A outra versão é que Frei Ludovico de Livorno, o fundador da vila, ao desbravar o local, ia ferrando as árvores, riscando nas cascas o sinal da cruz para não perder o ponto inicial, enquanto abria as picadas na mata virgem. Ludovico ensinou para os índios princípios de urbanização e cuidados com a saúde pública. Nos primeiros dias de 1846 o frei contraiu malária e, levado para Salvador, morreu dois dias depois. Ele foi substituído provisoriamente por frei Clemente de Andevino, que cedeu lugar para Vicente Maria D'Ascoli em junho de 1848, ficou pouco tempo no cargo. Ele foi substituído anos depois por Frei Luiz de Grava. No dia 14 de abril de 1875 o frei morreu afogado nas águas do Rio Cachoeira. Nesta época crescia o comércio de gado e, inicialmente, a localidade foi denominada de Sítio das Árvores Ferradas, depois passou a Vila de Ferradas. No dia 14 de setembro de 1916 foi criada a lei número 9, transformando o local em Conceição de Ferradas, mas a mudança foi rejeitada pelos moradores. Hoje, a pouco mais de 2 meses de completar 191 anos de fundação, a localidade está completamente abandonada, com ruas intransitáveis por causa dos buracos, postes sem iluminação pública, falta de água e coleta de lixo irregular. Ferradas só foi um pouco melhor em Terra dos Sem Fim, do homem mais famoso da localidade, Jorge Amado. Mesmo assim, a casa onde ele morou desapareceu com o tempo e a queda do telhado e das paredes. Hoje só existe o terreno e uma placa. A placa é quase uma humilhação ao escritor. Anuncia uma “reforma” prometida há mais de 20 anos, que nunca saiu. A nova promessa também será em vão, já que o atual prefeito sequer cuida da sede do município. Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região. |
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