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História de Itabuna "Coronel do Cacau": figura poderosa ou apenas lenda - daquelas que povoam as mentes dos grapiunas, nascidos e criados nas terras do fruto de ouro? De acordo com o historiador Adelindo Kfoury, o Coronel do Cacau foi um desses ousados homens que se dedicaram a desbravar terras na região cacaueira, no sul da Bahia. Foram os mesmos que enfrentaram desafios, conheceram a fartura e fizeram a história da região. Ainda de acordo com o historiador, o Coronel do Cacau é uma mistura de lenda e realidade, ora nos livros de Jorge Amado, como um libertino, ‘tocaieiro’ e forte, ou nas obras de Adonias Filho, sagaz desbravador, caçador ou um ambicioso calculista. Para o próprio historiador, ele foi um desbravador. "Muito antes de atingir as pompas do "coronelismo", o homem que aqui se fixou lutou e desbravou”. A imagem dele tem sido muito focada como empresário de tocaias e instigador de caxixes. "É certo que nestas bandas registraram-se muitos crimes envolvendo posse de terras, domínio político ou a supremacia machista, mas é prudente que se faça um estudo mais objetivo do que poderia ter sido o Coronel do Cacau”. “Um personagem que chegou aqui pobre e sem instrução. Apenas um entre muitos que vieram se juntar a outros e descobrir o eldorado”. Homens praticamente analfabetos, sem dinheiro, os primeiros coronéis iam pessoalmente fazer o desbravamento. Pegavam na foice e no facão, na “papo amarelo” (espingarda) e na mochila de carne seca e farinha. Outro detalhe que diferencia o Coronel do Cacau de "outros homens comuns" é que o primeiro vivia em casebres no meio da floresta, dormindo em redes ou cama de esteira. Nas matas brutas e hostis plantava seu cacau. Foi a partir desse clima de lutas e desconforto, em meio ao perigo, aos índios selvagens e doenças, que surgiu a personalidade do verdadeiro coronel. Homem destemido e acostumado a não receber nada nas mãos, mas buscar com seus esforços. Foi por tudo isso que, no decorrer dos anos, ele ganhou o respeito e a obediência dos habitantes da região. Da luta à riqueza Como processo natural veio a riqueza e a força política. E novas vilas e cidades foram surgindo, tudo a partir daqueles homens rústicos de antigamente. Em Itabuna, por exemplo, nomes como José Firmino Alves, Henrique Alves dos Reis, Nicodemos Barreto, Adolfo Leite, Paulino Vieira, José Kruschewsky e Antônio Gonçalves Brandão foram verdadeiros Coronéis do Cacau, mas não tiveram sua linha política mantida pelos descendentes. Todos os pensamentos e ações foram enterrados com os próprios coronéis. Hoje eles são relíquias do passado. Lembrados apenas por alguns historiadores que ainda tentam preservar a Memória Grapiúna. Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região. |
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