Calango.com
aregiao
Volta ao inicio
Inicio
Fale conosco | Tempo na Bahia | Servicos | Quem somos
Memoria Grapiuna

itabuna 98 anos
:: Capa de História
:: Prefeito por um dia
:: Contagem regressiva para 200 anos de fundação de Ferradas
:: Conterrânea de desbravador de Tabocas veio vender 'fato'
:: Há 46 anos, ABC da Noite mantém atendimento único
:: Gileno Amado, comendador do Vaticano e líder político
:: Políticos se degladiaram pelo comando do novo município
:: Processo contra coronel foi 'ao fogo' para cozinhar peru
:: Coronéis deram grande passo para a emancipação em 1905
:: Raimundo Lima e Calixtinho, caras da história de Itabuna
:: História da imprensa começou antes de Itabuna se emancipar
:: "Coronel do Cacau": figura poderosa ou apenas lenda
:: Enchente de 67 do Cachoeira foi a maior, mas não a única
:: Ponte dos Velhacos ligava a Abissínia à Vila de Tabocas
:: Fotos mostram lugares de Itabuna como eram ontem e são hoje

História de Itabuna

Processo foi 'ao fogo' para cozinhar perú
- segundo conta o historiador José Dantas, no “Documentário Histórico de Itabuna”. Ele afirma que havia um processo criminal contra o coronel Henrique Alves, que era acusado de ser mandante de um assassinato e corria o risco de ter a prisão preventiva decretada. casa verde
      Enquanto os advogados procuravam uma forma de livrar o coronel da prisão, a sua única filha tomou uma decisão drástica.
      Elvira dos Reis Moreira, a “Senhorazinha”, de acordo com relatos de José Dantas, pegou o processo e comunicou aos presentes à reunião que ocorria na rua Miguel Calmon, na Casa Verde, residência de Henrique Alves, que o lugar dele era o fogo. “Vou queimá-lo”.
      Ela jogou o documento no fogão e disse: “Agora acabou-se. Está ajudando a cozinhar o peru que almoçaremos a seguir”. O processo havia sido levado pelo escrivão Manuel da Silva, que o colocou em cima da mesa do coronel.
      Sentando numa cadeira, o escrivão ouvia calado os comentários dos advogados. A defensa de Henrique procurava alternativas para o caso da justiça determinar a prisão do coronel.
      Quando o processo foi jogado no fogão que cozinhava o peru, o escrivão Manuel da Silva empalideceu, mas não teve coragem de dizer uma palavra. O advogado Fernando Caldas acabou assumindo a responsabilidade e foi suspenso pelo Tribunal de Justiça do Estado.
      A ação desafiadora da Senhorazinha valeu elogios e aperto de mão de seu pai.
      Quem foi?
      Elvira dos Reis Moreira, a Senhorazinha, nasceu em 22 de setembro de 1885 e morreu em 7 de fevereiro de 1984. O sobrenome Moreira foi adquirido depois do casamento com o ex-prefeito Miguel Fernandes Moreira, que ficou no cargo de abril de 1951 a abril de 1955.
      Ela possuía uma ligação muito forte com o coronel Henrique Alves, que ainda cedo perdeu a esposa, Rita Cardoso. Segundo o historiador José Dantas, a infância de Senhorazinha sem a figura da mãe contribuiu para uma relação mais próxima com o pai.
      Já moça, ela ponderava com o coronel nos momentos mais complicados. Como chefe político de Itabuna, Henrique Alves não chegava a pedir conselhos à filha, mas expunha seus problemas.
      Para José Dantas, a ex-primeira dama de Itabuna herdou o temperamento do pai, sobretudo nas áreas política e administrativa. Ela ficou órfã de mãe quando tinha cinco anos.
      O pai casou-se novamente logo depois e a menina foi enviada para um colégio interno em Salvador, depois transferiu-se para a Piedade, onde formou-se professora.
      No dia 24 de fevereiro de 1922, casou-se com Miguel Fernandes Moreira, que se tornaria prefeito na década de 50. Depois de perder uma filha, Senhorazinha não mais engravidou e passou a dedicar sua vida a crianças órfãs.
      A mais dedicada das crianças cuidadas pela filha do coronel foi Romilda Nunes, que durante muitos anos administrou o “Museu Casa Verde” (foto), inaugurado em 19 de maio de 1974 pela mulher que teve a coragem de queimar um processo criminal numa época em que as decisões eram tomadas pelos homens.
      O “Museu Casa Verde” contém o acervo da família do coronel e, nos últimos anos, tem enfrentado dificuldades para funcionar.


Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região.

Fundacao Jupara
folhaWeb
Uma seção sobre internet, em especial a do sul da Bahia

Cotações
Dolar, Cacau, Boi Gordo, Café e Leite

Eventos
A agenda de eventos da Bahia, do portal Calango.com

Links
Os sites recomendados por A Região

Balaio
Os classificados online de A Região

Marcel Leal
Artigos do presidente da Rede Morena

Calango.com
Conheça o Portal da Bahia

Propaganda
Saiba como anunciar em A Região e confira a pesquisa de audiência


[ Geral ] ....  [ Itabuna ] ....  [ Ilheus ] ....  [ Bahia ] ....  [ Malha Fina ] ....  [ Comercial ] ....  [ Giro Geral ]

Copyright©2003-2008 A Região Editora Ltda, Praça Manoel Leal (Adami), 34, 45600-020, Itabuna, BA, Brasil
Telefone (73) 3617-0335. Reprodução permitida desde que sem mudanças e citada a fonte.