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22 de Novembro :: Caso Leal

Justiça ouve mais 4 testemunhas de Marcone

       Marcone Sarmento, um dos acusados pelo assassinato do jornalista Manoel Leal em 14 de janeiro de 1998. A audiência em São Paulo, feita a pedido da Justiça de Itabuna através de Carta Precatória, está marcada para o dia 15 de dezembro próximo.
       A informação é do juiz da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Itabuna, Marcos Bandeira, que recebeu ofício na última segunda-feira, 17, enviada pelo juiz da Comarca de Itaquaquecetuba, em São Paulo, confirmando a data.
       Em Itabuna, Bandeira já ouviu três das quatro testemunhas indicadas pelo advogado do réu. A primeira, logo após a apresentação de Marcone no final de outubro, foi Jocilda Bispo, uma ex-funcionária de Maria Alice Pereira.
       A segunda foi Joelan Marques de Melo (conhecida como Jó), funcionária afastada da prefeitura e secretária particular, além de comadre, de Maria Alice Pereira.
       O terceiro a prestar depoimento foi Daniel Correira, ex-motorista da empresa de transporte N.S. de Fátima, também de propriedade de Maria Alice, protetora pública do indiciado.
       Durante o interrogatório, Jó confirmou o envolvimento de Marcone com a ex-secretária municipal. Mas disse que no dia do crime, 14 de janeiro, estava chegando em São Paulo e foi recebida por Sarmento na rodoviária.
       Julgamento
       O juiz Marcos Bandeira adiantou que a justiça itabunense agilizou todo o processo e poderá levar Marcone a julgamento. "A previsão para o júri era ainda para este ano mas, como o processo ainda não foi concluído totalmente, acredito que só a partir de março do próximo ano".
       O magistrado disse ainda que está no aguardo da resposta do DPT de Itabuna, que analisa documentos encontrados na casa de uma das testemunhas-chave, Sadraque Reis, que está desaparecido há cerca de um mês.
       Sadraque sumiu depois de ser ameaçado de morte diversas vezes por telefone.
       O estofadeiro, que morava e trabalhava próximo à casa do jornalista Manoel Leal, no Jardim Primavera, contou, durante o julgamento do outro envolvido e já condenado Mozart da Costa Brasil, que tanto Mozart quanto Marcone estiveram a tarde inteira nas imediações da casa de Leal no dia do assassinato.

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