Caso Leal
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4 de Outubro :: Caso Leal
O que o amor separa, a verdade une
Roberto Alcântara e Joelma Santos formavam um casal comum.
Desses que tem momentos de alegria e de tristeza, de afagos e de brigas.
Um dia, o amor entre Roberto e Joelma acabou e eles se separaram. Como um casal comum.
Mas Roberto e Joelma não são um casal comum.
Foram testemunhas de um crime.
Roberto e Joelma viram Marcone Sarmento rondando a casa de Manuel Leal dois dias antes da morte do jornalista.
Joelma, por uma dessas coisas que só o destino explica, viu mais.
Viu Mozart dar o primeiro tiro que matou Leal.
O medo, mais do que justificado, fez com que o casal mantivesse
um pacto de silêncio. Ninguém viu nada.
Até que, movida por um sentimento nobre, raríssimo nos dias atuais e por isso mesmo incompreensível para muita gente, Joelma, uma professorazinha frágil, decidiu falar o que sabia.
E ao falar, confirmou as suspeitas em torno de Mozart e Marcone.
Se alguém achava que Joelma não falava a verdade, os juris do inocente útil Thomaz Iracy e do policial bandido Mozart Brasil dirimiram qualquer dúvida.
A professora foi inquirida de todas as maneiras. Pelo juiz, pelos advogados de defesa e de acusação de Thomaz e de Mozart, pelos jurados.
Não caiu numa única contradição e ainda encarou com firmeza a arrogância do advogado de Mozart, Alfredo Vernet que, aos berros, tentava confundi-la. “O senhor me respeite. O sei o que eu vi”.
Vernet, diante da falta de álibi para Mozart, tentou desqualificar a professora, mesma tática utilizada contra Figueiredo.
Tentou também a cartada que no seu entender seria decisiva para inocentar Mozart. Arrolou como testemunha de defesa Roberto Alcântara, o ex-marido de Joelma.
Bastava Alcântara negar que Joelma vira Marcone e Mozart para despertar a dúvida que salvaria o policial da cadeia.
Nos dias que antecederam o crime, Alcântara se viu envolvido numa onda de boatos, dando conta de que desmentiria a ex-mulher e até de que obteria vantagens pessoais para fazer disso.
Criou-se então uma monumental expectativa em torno de seu depoimento.
Roberto Alcântara confirmou tudo o que Joelma disse, palavra por palavra. Para espanto de quem não viveu os bastidores do juri, foi a testemunha de defesa que funcionou como de acusação e praticamente selou a sorte de Mozart.
Após o depoimento, já incluido no Programa de Proteção a Testemunhas, Roberto desabafou:
- Se eu dissesse antes que iria confirmar que a gente viu Marcone e depois a Joelma viu o Mozart, como de fato aconteceu, possivelmente não chegaria vivo ao Fórum. Por isso tive que ficar fazendo o jogo de que iria desmentí-la. Não faria isso nunca. Tudo o que Joelma contou é verdade.
Joelma e Figueiredo, que um dia o amor uniu e a tragédia de Leal ajudou a separar, estão em lugares incertos, cada qual buscando refazer sua vida.
A verdade, entretanto, os manterá unidos para todo o sempre.
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