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História de Itabuna "Os últimos dias de pompéia" foi a primeira fita do Ideal cinema pioneiro de Itabuna cuja inauguração, em 1918, contou até com uma orquestra regida pelo maestro e pianista Agenor Gomes, que improvisava as melodias de acordo com as cenas do filme. O Cine Ideal funcionou na avenida J.J.Seabra (Cinquentenário) onde hoje funciona a agência do Bradesco e, segundo consta no livro Itabuna Histórias e Estórias, de Adriana Dantas, o espaço era na verdade uma pequena e simples sala de projeção, mas exercia um papel importante para a pequena comunidade da recém-emancipada Itabuna. Maior e mais elegante, 15 anos depois veio o Elite Cinema, também na J.J.Seabra. Este, com direito a sorveteria, tinha capacidade para cerca de 200 pessoas. Em dias de filme, elas costumavam vestir suas melhores roupas. Foi um grande investimento do proprietário, Arlindo Valverde Martins, que deu certo. O cinema vivia lotado, tanto nas "soirées" (sessões noturnas) quanto nas "matinées (à tarde), para o público jovem. Cine Ita Na antiga rua do Quartel Velho (Rui Barbosa), um outro cinema se juntava aos dois já existentes: o Cine Ita, de Neném Almeida. Numa rua mal afamada, especialmente à noite, o cinema era popular, "um verdadeiro poeira", gíria antiga para designar coisa ruim, por isso o preço era bem pequeno, o que permitia que pessoas pobres tivessem acesso. Ao invés de cadeiras, existia um "galinheiro", como os próprios freqüentadores costumavam chamar. Era a arquibancada. Como o Elite Cinema deu certo, o dono decidiu investir em outro e construiu o Cine Itabuna, que foi inaugurado em 1940. Foi o único que resistiu ao tempo, chegando até o início de 90. Hoje, no lugar, funciona uma unidade da Igreja Universal. O Itabuna era uma espécie de teatro adaptado para exibição de filmes numa grande tela, com direito a palco elevado e camarim. Por muitos anos o cinema foi a principal atração dos jovens, que formavam longas filas para as sessões de domingo à tarde. Era ali também que a "turma" (moças e rapazes) costumava trocar gibis já lidos e figurinhas repetidas. Cine Plaza Na Ruy Barbosa surge, na década de 50, o Cine Plaza, bem recebido pela população e que viria a ser o principal concorrente do Cine Itabuna. Mas demorou pouco para surgir o maior e o mais confortável de todos eles: o Marabá, com capacidade para mais de mil pessoas, na praça Camacan. Um dos mais modernos, dispunha de bons aparelhos de som e ar condicionado. Quase que no mesmo período surge ainda o Cine Catalunha, na avenida do Cinquentenário. Bem menor que os outros, mas aconchegante, era ali também que os radialistas Titio Brandão e Germano Silva promoviam seus programas de calouros, sucesso que marcou uma época e revelou bons nomes da música grapiúna. Cine Glória O Cine Glória, menos famoso que o Itabuna e o Marabá, também teve sua vez e funcionou no lugar do Cine Plaza. Mas o Oásis, no antigo bairro Cajueiro (avenida Juracy Magalhães, bairro de Fátima), teve seu papel e se destacou por ser um dos únicos a exibir filmes pornográficos. A exibição de filmes eróticos no Oásis fazia jus ao seu local de funcionamento. A área era considerada como uma zona de prostituição. Itabuna ainda teve o Cine Odeon, que funcionou algum tempo na rua Paulino Vieira, no mesmo lugar onde está a Clipper perfumaria. Com tantos cinemas em Itabuna, os que cresceram da década de 80 até o inicio do ano 2000 não tiveram a mesma sorte, a de assistir bons (e ruins também) filmes nas "telonas". Não restou nenhum para contar história. A nova geração só teve o prazer - e quem sabe até a mesma alegria da velha geração - de conhecer e freqüentar um cinema em Itabuna com a chegada do moderníssimo Starplex, inaugurado em 2001 no Jequitibá Plaza Shopping. Os filmes A maioria dos cinemas de Itabuna acabou marcando pelo tipo de filmes que passava. O Marabá, por exemplo, era o "point" de quem gostava de filmes de king-fu; o Itabuna passava muitos "filmes de caubói" e épicos de espadas. O Plaza era mais chegado ao romantismo; e o Oasis aumentava a temperatura com as porno-chanchadas dos anos 70. Com a chegada do Starplex, 20 anos depois de desaparecer o último cinema de Itabuna, foi inaugurada uma nova fase, a de ver os lançamentos nacionais e mundiais ao mesmo tempo em que passam nas capitais. Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região. |
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