O filho de descendentes de escravos que virou coronel, especial de historia de A Regiao

História de Itabuna

Descendente de escravos que virou coronel
do cacau e um dos homens mais rico do sul da Bahia, Henrique Alves dos Reis nasceu em Colônia de Cachoeira (atual Banco da Vitória), era de uma família de baixo poder aquisitivo e foi praticamente criado pelo coronel João Berbert, em Ilhéus.
A mãe de Henrique era filha de descendentes de escravos mas, com muito trabalho, conseguiu construir patrimônio. Henrique Alves começou a trabalhar muito cedo, tendo como primeiro negócio um ponto comercial montado às margens da estrada em construção que ligaria Ilhéus ao sertão baiano.

      Mais tarde iniciou a vida de fazendeiro, depois que herdou da mãe a Fazenda Sempre Viva (onde hoje fica a sede regional da Ceplac). Entre outras propriedades, ele adquiriu as fazendas Alegria, Transval, Rio do Braço, Limoeiro, Palha, Ferradas, Pedrinhas, Catolé e Mutuns.
      Henrique Alves chegou a colher 30 mil arrobas de cacau por ano e empregar 250 trabalhadores. Ele casou-se por duas vezes, sendo a primeira com Rita Loup, com quem teve a filha Elvira.
      Após a morte de Rita, casou-se com a prima dela, Cordolina Loup. Henrique começou a fazer parte da vida política de arraial de Tabocas quando recebeu do Intendente de Ilhéus, coronel Domingos Adami, a incumbência de chefiar o partido governista na localidade.
      Uma das reivindicações feitas pelos moradores de Tabocas foram as obras da hoje Praça Adami, que era uma lagoa, abrigando cobras e jacarés (veja matéria nesta edição).
      Henrique Alves se comprometeu a fazer no local a maior praça pública do interior baiano e fez, dando a ela o nome do coronel Adami.
      Por causa das disputas políticas, um dos homens mais influentes da localidade, José Firmino Alves, não foi convidado para a festa porque era opositor do coronel Henrique. Apesar de terem o mesmo sobrenome, eles não eram parentes.

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