Caso Leal
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23 de Setembro 2005 :: Caso Leal
Júri de Marcone será marcado em breve
segundo informou na semana passada o juiz da Vara de Execuções Penais de Itabuna, Marcos Bandeira. Ele disse que o advogado de defesa desistiu de entrar com recursos e, por isso, não há mais como adiar um júri que já devia ter acontecido.
Se condenado, Marcone deve pegar uma pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. Segundo o juiz, Marcone foi enquadrado no artigo 121, parágrafo 2º do inciso 4, como homicídio qualificado por emboscada.
O assassino, que já foi julgado e condenado pelo assassinato do policial militar Arisvaldo Costa Oliveira, em 1990, está preso no Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, há dois anos.
Marcone é um dos principais acusados do assassinato do jornalista e empresário Manoel Leal de Oliveira, ocorrido em janeiro de 1998 e o processo criminal contra ele está parado há cerca de dois anos.
Tão logo Marcone se apresentou à justiça de Itabuna, em outubro de 2003, o advogado de defesa solicitou audiência com testemunhas que supostamente teriam visto o acusado em São Paulo na época do crime.
Na época, advogado forneceu nomes e endereços, mas as pessoas não foram localizadas, o que impossibilitou a realização da audiência em dezembro do ano passado, como inicialmente estava previsto.
O promotor Cássio Marcelo de Melo Santos, que acompanha o caso, confirmou, em entrevistas anteriores ao A Região, que sempre houve manobras do advogado de defesa para protelar o julgamento porque, segundo ele, as provas que incriminam Marcone são mais do que suficientes para levá-lo a júri popular
Pelas costas
Manoel Leal de Oliveira foi assassinado no dia 14 de janeiro de 1998, por volta das 20 horas, quando tentava abrir o portão de sua casa, na rua principal do bairro Jardim Primavera.
Testemunhas já ouvidas pela justiça disseram que viram - e apontam com segurança - Marcone e o policial Monzar Castro Brasil numa Silverado branca, na véspera e no dia do crime.
Leal foi emboscado pela Silverado, de onde desceu Monzar e deu seis tiros no jornalista, sendo os dois primeiros pelas costas, sem qualquer chance de defesa.
Os principais suspeitos de ter encomendado o assassinato são o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, e sua ex-secretária Maria Alice Araújo, com possível participação do delegado Gilson Prata, chefe imediato e sócio de Monzar numa empresa de segurança.
O motivo do crime teria sido uma série de denúncias, com farto material comprobatório, que Manoel Leal publicou no jornal A Região em dezembro de 97, sobre um esquema montado com o delegado civil Gilson Prata pelo prefeito Fernando Gomes, na sua terceira administração, para incriminar adversários políticos. Um mês depois Leal foi assassinado.
O caso se arrasta há mais de sete anos e apenas um dos envolvidos foi a julgamento. Monzar Castro Brasil, julgado e condenado em Itabuna há 18 anos de prisão, só ficou um mês na cadeia e está solto desde dezembro de 2003, graças a um habeas-corpus concedido às vésperas do Natal pelo desembargador Aliomar Silva Brito.
O assassino continua trabalhando normalmente na Polícia Civil, em Salvador e a Justiça até hoje não julgou a procedência do habeas corpus.
Um relatório sobre o caso foi produzido pela jornalista Clarinha Glock para a SIP-IAPA, que mantém os sites www.sipiapa.org e www.impunidad.com
O Caso Leal, aqui:
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